Oficinas artístico profissionais do Projecto Encontros

No dia 1 de Setembro, os jovens que habitualmente participam nas actividades de Ocupação de Tempos Livres, organizadas pelo Projecto Encontros (Moura) juntaram-se mais uma vez para viverem um momento lúdico pedagógico.

Jovens atentos às explicação do Eng. Marco

As oficinas, como já foi explicado em outras edições, são um conjunto de actividades de descoberta do mundo do trabalho, de várias profissões, de percursos formativos alternativos.

Procura-se nestas actividades ligar os jovens com actividades profissionais do território, com o duplo objectivo de valorizar os recursos endógenos e de fixar a população na região.

Em Dezembro passado, após visitaram uma adega e um lagar em Beja, em Fevereiro e Março, deste ano, o picadeiro de Moura e uma exploração de plantas aromáticas e medicinais na Amieira, foi a vez de Reguengos de Monsaraz para perceberem o processo de "limpeza" da água das cidades.

A nossa equipa, agora bem rodada, de sete jovens e duas monitoras, foi recebida na Estação de Tratamento de águas Residuais (ETAR) de Reguengos de Monsaraz, pelo Eng. Marco e o Sr. Leonel dedicaram mais de uma hora da sua tarde para nos guiar nesta visita.

Primeira etapa da água na ETAR

Primeira etapa: Visualizar o conjunto da instalação, e para que é que serve.

Vêm da cidade de Reguengos 58 000 m³ de água suja por dia. Esta água vem das nossas casas, casa de banho, cozinha, quintal, mas também das fábricas, adegas e outras indústrias da região. Se se deitasse esta água assim, sem tratamento, para o rio, então tomar lá banho, regar as culturas ou dar de beber ao gado seria impossível, já que a natureza se transformaria rapidamente num esgoto gigante!

Assim pudemos saber o que é uma ETAR, para que serve e como o tratamento das águas residuais é importante para a não poluição dos nossos rios, ribeiras e albufeiras.

Esta tem capacidade para tratar diariamente 2076 m3 provenientes de cerca de 11000 habitantes. Trata-se de um tratamento biológico por lamas activadas com desinfecção final. O efluente aí produzido está apto a ser utilizado em regas de espaços agrícolas e jardim bem como outras utilizações não alimentares de água.

Num esquema situado na entrada do edifício, pudemos logo aprender que é com microrganismos que esta limpeza se faz.

Passamos então para a visita: em primeiro lugar, chega a água que sai dos esgotos, com todas as sujidades e o cheiro que sabemos. Tira-se nesta etapa os sólidos, e a água é enviada para a segunda etapa, num tanque enorme.

Neste tanque estão uns microrganismos - umas bactérias - que se alimentam da sujidade presente na água, e que portanto limpam-na!

Só falta a última etapa, que, podemos dizer, é para afinar e chegar a um resultado perfeitinho. A lama retirada ao longo deste processo é compactada e posta de lado. Pode ter outros usos, como por exemplo servir de adubo na agricultura.

E é assim que a água é finalmente mandada para o barranco situado ao lado da ETAR.

Muito disponíveis e acessíveis, a equipa que nos recebeu respondeu a todas as nossas perguntas e dúvidas, sobre o funcionamento da ETAR, sobre as suas tarefas quotidianas, os seus percursos…

Queríamos então agradecer à empresa que actualmente faz a exploração desta ETAR - Águas do Centro Alentejo, assim como ao Eng. Marco e ao Sr. Leonel por terem permitido esta visita!

Última fase do processo de tratamento da água

Já que passamos a tarde a falar de água, bem merecíamos um passeio pelas piscinas de Reguengos, onde ficamos o resto da tarde a apanhar sol.

Esta Oficina artístico profissional foi a última do projecto encontros, que terá fim em Novembro de 2009.

Esperamos, num próximo projecto promovido pela ADCMoura, repetir esta actividade!

Os Jovens do Projecto Encontros