Sábado, 3 de Junho de 2023
Governo lança a campanha “Não corte o Futuro!” nos aeroportos nacionais
05-04-2019
“Não corte o futuro!” é o
mote da campanha lançada esta sexta-feira, dia 5 de abril, nos
aeroportos de Faro, Lisboa e Porto, com o objetivo de alertar para
as consequências da mutilação genital feminina (MGF) no bem-estar
de meninas e mulheres, entre as quais se incluem graves
repercussões ao nível da saúde física e psicológica. A Vogal
do Conselho Diretivo do ACM, Romualda Fernandes, e o
Vice-Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de
Género (CIG), Carlos Duarte, estiveram no Aeroporto de Lisboa para
assinalar a iniciativa.
Esta campanha dá continuidade ao trabalho do
Governo com organizações e profissionais para a erradicação da MGF.
A prevenção e combate às práticas tradicionais nefastas,
nomeadamente a MGF e os casamentos infantis, precoces e forçados é
um dos objetivos estratégicos do Plano de Ação para a Prevenção e o
Combate à Violência contra as Mulheres e à Violência Doméstica, que
integra a Estratégia Nacional para a Igualdade e a
Não-Discriminação 2018-2030 – Portugal + Igual.
A presente campanha, que estará nos
aeroportos nacionais até ao dia 21 de abril, durante o período de
férias escolares da Páscoa – uma altura de particular risco – é
promovida pela Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade,
pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e pelo Alto
Comissariado para as Migrações em parceria com dez organizações da
sociedade civil: Associação Corações com Coroa; Associação de
Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa; AJPAS – Associação de
Intervenção Comunitária, Desenvolvimento Social e de Saúde;
Associação dos Filhos e Amigos de Farim; Associação Mulheres Sem
Fronteiras; Associação para o Planeamento da Família; INMUNE –
Instituto da Mulher Negra em Portugal; P&D Factor – Associação
para a Cooperação sobre População e Desenvolvimento; União das
Mulheres Alternativa e Resposta; e o Comité Nacional para o
Abandono de Práticas Nefastas à Saúde da Mulher e da Criança, da
Guiné-Bissau. O grafismo foi concebido pela designer Neusa
Trovoada, do INMUNE – Instituto da Mulher Negra em Portugal.
A MGF é uma violação dos
direitos humanos baseada na desigualdade de género, limitando a
autodeterminação de meninas e mulheres e privando-as do seu direito
à integridade física e psicológica. A MGF, assim como os atos
preparatórios, são crime de acordo com o Código Penal em
Portugal.


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